Fonte: Secom-MA
Em uma agenda estratégica na Semana de Ação Climática em Londres, o governador Carlos Brandão formalizou um acordo internacional que vai injetar mais de 100 milhões de dólares no Maranhão, voltados à restauração florestal, regularização fundiária e combate às queimadas. O estado se posiciona como protagonista no debate climático mundial às vésperas da COP30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA).
A parceria foi selada com o grupo suíço Mercuria Energy, uma das maiores multinacionais do setor de commodities, e envolve também o Fundo Silvania, criado para apoiar soluções naturais de enfrentamento às mudanças climáticas. O investimento internacional será aplicado em programas já em curso no estado, como Floresta Viva, Paz no Campo e Maranhão Sem Queimadas, ampliando sua atuação e resultados.
“Já temos um viveiro público em São Bento, o maior do Brasil, voltado à recuperação de áreas degradadas com espécies como o açaí. Agora, com esse novo projeto aprovado, vamos expandir essa experiência de sucesso para outras regiões do Maranhão. Nossa meta é apresentar ao mundo, na COP30, um modelo eficiente de recuperação ambiental com justiça social”, afirmou o governador Carlos Brandão.
Programas com impacto real
No centro da estratégia está o programa Floresta Viva, que já distribuiu mais de 1 milhão de sementes e beneficia centenas de famílias com ações que conciliam reflorestamento e geração de renda. O secretário de Meio Ambiente, Pedro Chagas, destacou que o Maranhão tem se consolidado como referência em segurança jurídica e inovação na pauta ambiental, atraindo investimentos sustentáveis que dialogam com o desenvolvimento das comunidades locais.
Já o Paz no Campo foca na regularização fundiária, com mais de 14 mil títulos entregues e comunidades quilombolas beneficiadas. O Maranhão Sem Queimadas, por sua vez, tem reduzido significativamente os focos de incêndio por meio de formação de brigadistas, doação de equipamentos e ações educativas — um esforço que levou o estado da 2ª para a 4ª posição no ranking nacional de queimadas.
Maranhão no radar internacional
A missão maranhense em Londres, articulada pela Investe Maranhão, reforça o potencial do estado como destino seguro e promissor para investimentos verdes. “Temos florestas, Cerrado, Caatinga e manguezais. O Maranhão representa a diversidade e a possibilidade de implementar soluções baseadas na natureza com alto impacto social e ambiental”, explicou Celso Fiori, diretor da Mercuria no Brasil.
Peter Seligman, presidente do Conselho do Fundo Silvania, destacou o pioneirismo do acordo. “Esse projeto não é só sobre clima. É sobre combater a pobreza e criar oportunidades reais para as comunidades, com o reflorestamento beneficiando diretamente o povo maranhense.”
A presença do Maranhão nos eventos que antecedem a COP30 faz parte de uma estratégia para ampliar o financiamento climático em países em desenvolvimento. O estado, que já captou recursos do Canadá para o Programa Terras para Elas (via Fundo ONU-Brasil), agora se insere em uma rota internacional de soluções sustentáveis com impactos duradouros para o meio ambiente e para quem vive dele.
