Milhares de pessoas saíram às ruas em diversos países neste final de semana, nos dias 14 e 15 de junho, em manifestações em solidariedade à Palestina e contra a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza. Os protestos, realizados em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Bruxelas, Barcelona, Paris, Londres, Jacarta, Santiago e várias cidades dos Estados Unidos, pedem o fim imediato dos ataques, a criação de corredores humanitários e o rompimento de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Israel.
Em São Paulo, a organização estimou cerca de 30 mil participantes. Em Bruxelas, na Bélgica, cerca de 75 mil manifestantes tomaram as ruas no domingo. Em Barcelona, o ato reuniu aproximadamente 18 mil pessoas. Já nos Estados Unidos, os protestos ocorreram em cidades como Chicago, Long Beach, Redondo Beach e Santa Rosa, com manifestações contra o envio de armas a Israel e em defesa do cessar-fogo em Gaza.

As manifestações também tiveram reflexos políticos. No Brasil, o governo federal ainda não rompeu relações diplomáticas com Israel, mas enfrenta crescente pressão popular. Em países da União Europeia, embora haja posicionamentos diplomáticos condenando os ataques a civis e solicitando acesso humanitário, ainda não houve medidas concretas de ruptura ou sanções mais duras. Israel, por sua vez, mantém o bloqueio à Faixa de Gaza e recentemente interceptou mais uma embarcação de ajuda humanitária, da chamada “Flotilha da Liberdade”.
Nos Estados Unidos, os protestos pró-Palestina ocorrem em meio a uma onda de manifestações contra o ex-presidente Donald Trump. Mesmo com menor visibilidade, os atos pró-Gaza foram marcados por críticas ao financiamento militar americano a Israel e por pedidos de suspensão das exportações de armamentos.
A movimentação global em defesa da Palestina evidencia o fortalecimento de uma articulação internacional por justiça e pelo fim das violações de direitos humanos em Gaza, mesmo diante da resistência de governos em adotar medidas mais contundentes.
